"Atrevi-me a publicar ficção, por estar cansado da realidade.
Chamei-lhes «contos», por ser uma forma de contar momentos da vida que surpreendi, algumas vezes na minha imaginação.
Pode haver quem tente encontrar momentos de verdade na narrativa e consiga acertar; por causa disso, escondi muito quotidiano, ficcionando-o, para parecer plausível.
Agradeço à vida ter-me permitido vivê-la, nem sempre contente, e poder descrevê-la aqui. Não quer isto dizer que se trate de uma autobiografia, mas cruzo-me comigo em cada página, às vezes fingindo não me ver.
No título surge a palavra desaforo: não tem a ver com a vida forense, é só por causa do atrevimento que é escrever."
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E diz ainda o JAB, aqui: http://apostarestante.blogspot.com/
Não sei como conseguirei conviver com este novo ser que se albergou no interior do meu conturbado viver, flor de ficção poética no casco envelhecido da árvore das obrigações. Para já decidiu falar através deste livro, como um sonâmbulo, liberto das conveniências. São contos. Se o editor o consentir e tiver leitores, comecei já um segundo volume. Não sei como será nem como foi. Está aí, inevitável e embaraçoso.
2 comentários:
Boa noite.
Muito obrigado pela referência ao livro.
Oxalá não cause a quem o lê o sofrimento que se acumulou ao escrevê-lo.
Um abraço
jab
Para mim, meu caro colega, é sempre um enorme prazer anunciar lançamentos de personalidades ricas como a sua.
E a sua gentileza de vir aqui agradecer define-o enquanto Homem.
É um verdadeiro exemplo para muitos que padecem do "ar do seu tempo".
Abraço
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