Travar a fuga de impostos no futebol é um dos objectivos delineados pela administração fiscal no seu plano de actividade para 2008. São fixados objectivos de recuperação de imposto não declarado de 30 milhões de euros. E o imposto em falta estimado no futebol e SAD ascende a 15 milhões. Estão já planeadas 17 acções de fiscalização. (...)
As fugas aos impostos no futebol
1- Contratos paralelos: Ordenados declarados para IRS inferiores aos reais. Situação constatada nos litígios a correr nos tribunais de trabalho ou quando são encontradas contas bancárias paralelas.
2- Pagamentos em espécie: Compra ou arrendamento de imóveis, automóveis, viagens ou subsídios, como parte de remunerações. Objectivo: iludir a sujeição a IRS e Segurança Social.
3- Manipulação de custos: Facturas emitidas por clubes mais pequenos, que indiciam custos fictícios. Esquema habitualmente encontrado em Sociedades Anónimas Desportivas ou grandes clubes.
4- Ocultação de receitas: Não contabilização de dinheiro recebido de quotas de sócios, venda de lugares cativos nos estádios, bilhetes, direitos de imagem…
5- Facturas falsas: Receitas de publicidade facturadas com valores superiores aos realmente pagos pelos anunciantes.
6- Falsos donativos: Entradas de dinheiro apresentadas como donativos, mas que na realidade são pagamentos de publicidade. Sinais exteriores de publicidade nos estádios na mira do Fisco.
7- Custos pouco credíveis: Movimentos financeiros não especificados, com intervenção de sociedades localizadas em paraísos fiscais e custos de elevado valor, relativos a passes de futebolista.
8- Inexistência de registos: Não consta da contabilidade qualquer registo relativo a transferências de jogadores. Fiscalização deve cruzar informações com outros clubes para detectar omissões de proveitos.
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