sexta-feira, setembro 16, 2005

Da Observância do Pluralismo Opinativo...

"..não me custa reconhecer que, enquanto Corporação ou grupo social, os Juizes nunca se preocuparam verdadeiramente com as ineficiências do sistema judiciário e com os concretos problemas das populações que são as únicas detentoras do poder que nos compete administrar. E a quem temos que prestar contas.
Aliás, prestação de contas é um conceito que lhes (nos) é estranho – o sistema de inspecções serve para outras coisas.
Mas, com a habitual sensibilidade que os caracteriza, foi-me recentemente- e uma vez mais – demonstrado pelos membros da minha corporação que o modelo de Juiz que preconizo (e que quotidianamente pratico, já que entendo que é esse o modelo constitucionalmente estabelecido) não é sufragado a não ser por uma pequena minoria.
Muito pequena mesmo."(..)

Excertos duma opinião corajosa dum Juiz Desembargador publicada no Primeiro de Janeiro.

3 comentários:

Anónimo disse...

O Senhor Desembargador diz que se reduz à sua insignificância. É um bom primeiro passo... só falta que passe das palavras aos actos e deixe de botar escritos deste género...
E, já agora, que deixe de indicar o endereço de correio do Tribunal da Relação como meio de contacto - esse endereço é de serviço, devendo ser apenas para tal utilizado...

Anónimo disse...

Uma precisão...

"a conclusão de que as escolhas foram feitas conscientemente – as pessoas escolhidas para representantes institucionais dos Juízes são mesmo os que melhor os representam".
Melhor diria se tivesse dito (e já agora assumisse) que os representantes institucionais dos juízes são os únicos que os representam.

Anónimo disse...

Crédito ? Nenhum. Juízes do Cível? Pouco percebem de eficiência, basta ver o código que temos e as críticas que mereceram, e o modo como andam com os advogados ao colo.