Comprei-o recentemente, num alfarrabista do Porto, enfileirado nos descontáveis da Livraria Utopia, do meu amigo Herculano.
Puxou-me à leitura e ei-lo a ser "deglutido", letra a letra, conto a conto. Do seu sabor vem ao de cima dois factos: o mundo, já se sabe, mudou muito e depressa demais e com isso transformou-se a Advocacia À Antiga - nobre, de princípios fortes, de proximidade, com sentido natural e tempo, temperadamente competitiva e olímpica nas relações com os outros servidores; o segundo facto vem das histórias humanas e de um Advogado como o Autor conseguir reproduzir brilhantemente as vivências verdadeiramente vividas de outras eras.
Ainda não o terminei mas posso asseverar que quem me dera, daqui a 40 anos, ter "podido" escrever um livro igual.
Segue a sua contra-capa:
Ainda não o terminei mas posso asseverar que quem me dera, daqui a 40 anos, ter "podido" escrever um livro igual.
Segue a sua contra-capa:
"Ossos do Ofício é uma colecção de contos de temática forense a que poderia chamar-se romance, porque, embora autónomos, têm personagens comuns e estão ligados por um nexo subtil de complementaridade , como as pérolas de um colar pelo fio invisível que lhes dá forma.Livro emblemático, que vem preencher uma lacuna na bibliografia Portuguesa, não deve ser entendido como os “retalhos” da vida de um advogado ou a crónica da profissão forense, mas a sua alegoria.
Só um advogado-escritor como António Arnaut poderia ousar a travessia do “longo e tormentoso Rio Meandro” dos tribunais e dar-nos o retrato vivo de um mundo que não cabe nas paredes de um qualquer “Palácio da Justiça”, porque se alimenta dos dramas, sentimentos e paixões do nosso quotidiano."
OSSOS DO OFÍCIO - EDITORA FORA DO TEXTO, 1990
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